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Projeto Escrita Criativa Entrevista #3: Ju Farias

by - fevereiro 05, 2018

Conheça mais sobre a escritora Ju Farias.
Olá, escritores! 

Como parte da nossa série de entrevistas, hoje trazemos o nosso bate-papo com a Ju Farias. Vamos conferir?

Projeto Escrita Criativa: Como foi que você começou a escrever? Quando decidiu encarar a escrita como profissão? 
Ju Farias: Desde muito cedo lido com a poesia como uma válvula de escape. Como sou muito introspectiva, a escrita sempre foi uma forma de me comunicar com o mundo ao meu redor. Sou jornalista por formação acadêmica (e paixão também). A literatura entrou na minha vida como profissão quando fui chamada para ser colunista, foi dessa forma que fiz meu público, aqueles que me seguem. 

PEC: Quem são os autores que te influenciam? Eles aparecem de alguma forma na sua obra? Como? 
JF: Mário Quintana e Clarice Lispector são pessoas que me inspiram muito. E tem um autor mais novo chamado Flávio Siqueira, esse cara é incrível e a forma de escrever dele me deixa comovida. 

PEC: O que você está lendo no momento? Qual o livro que marcou a sua vida como leitora? 
JF: Estou lendo agora um livro do Osho chamado A jornada de ser humano, muito bacana. Um livro que marcou a minha vida foi o Extraordinário, li bem antes de começarem a pensar no filme. É um livro que modifica a vida de qualquer um. 


PEC: Como é o seu processo de escrita? Você tem alguma rotina/mania ao escrever? Você tem alguma dica de ouro para este momento? 
JF: Eu geralmente sento e escrevo. É pá-pum, mas não é sempre. Já fiquei meses sem digitar uma palavra, pois a inspiração não veio. Tem momentos assim comigo, mas costumo respeitar esse tempo. Tenho uma periodicidade nas minhas colunas, uma vez por semana, mas nem sempre consigo fazer dessa forma. A dica de ouro é usar o coração, sem medo do que vão pensar, apenas escreva. 

PEC: Como foi para você escrever e publicar seu primeiro livro? Você notou uma grande diferença entre o primeiro e os demais? 
JF: O Com Licença é o meu primeiro livro solo, digamos assim. Mas já tive texto em uma coletânea oriunda de um concurso literário promovido pela Canon, no qual fui uma das vencedoras. E agora temos o livro que será lançado, com nome provisório de Cá entre Nós

PEC: Quanto a sua obra como um todo: conte mais sobre o seu projeto literário. 
JF: O livro reúne as crônicas mais acessadas da internet em um período de um ano. Tem texto ali que teve dois milhões de acessos, o que torna a obra muito mais dos leitores do que minha. 

PEC: Você escreve em três sites (A soma de todos os afetos, Demasiado Humano e O segredo). Como se organiza para produzir tanto conteúdo? 
JF: Tem o Vida em Equilíbrio e agora um portal destinado ao público GLBTQ, que ainda será anunciado. Não é fácil, pois os textos não se repetem, mas eu tento fazer isso com leveza para que não se torne uma obrigação. 

PEC: Como você vê o papel da mulher na literatura, seja como personagem, seja como autora? 
JF: São pouco valorizadas, infelizmente. Mas, sabe, isso também acontece com os homens. O nosso problema é não valorizar o escritor brasileiro. No entanto, vejo o papel da mulher como fundamental para humanizar a escrita, os sentimentos e as mensagens que chegam ao coração das pessoas. 


PEC: Nos seus textos você fala muito sobre sentimentos. O estereótipo de mulheres lendo mais sobre esse assunto se confirma ou isso é besteira? Como é a recepção do seu público? 
JF: Se confirma, o que é ótimo. O meu público é 90% feminino e a nossa conexão é realmente muito peculiar. Adoro receber as mensagens comentando sobre como meu texto mudou isso e aquilo. Não tenho leitores, tenho amigos. 

PEC: Ainda sobre isso, você vê na literatura também o papel de humanização das pessoas, já que a nossa sociedade anda tão caótica e violenta? O que você pensa a respeito? 
JF: Sim, com certeza. Os livros salvariam o mundo se chegassem a todos igualmente. Quando uma pessoa aprende a ler, ela ganha sua liberdade perante o mundo. A literatura é uma arma poderosa contra a violência. 

PEC: O Brasil é um país em que as pessoas costumam ler pouco. Qual é o papel da comunicação entre escritor e leitor via Internet? Você acredita que essa interação ajude a formar novos leitores? 
JF: Fundamental essa interação. Eu, por exemplo, faço questão de saber o que eles pensam sobre esse ou aquele texto, e também gosto quando pedem assuntos e sugerem temas para o debate. Sou faminta por novos leitores e apaixonada por aqueles que dividem a jornada comigo. 

PEC: Como você vê o mercado para os autores nacionais? Quais dicas você daria para o autor que quer ver o seu trabalho publicado? 
JF: O mercado para os autores brasileiros é medíocre, pois os próprios brasileiros não se leem. Vejo grandes obras longe das listas dos mais lidos e muitos autores nacionais esquecidos. A dica é: não desista nunca, busque uma editora que compre a sua ideia, que se apaixone por você. Há leitor pra todo mundo, é só uma questão de ir ao local certo. 

PEC: Qual é a sua opinião sobre os influenciadores digitais? Já fez ou pensou em fazer parceria? Caso a resposta seja sim, como foi a experiência, deu resultado? 
JF: Já pensei sim, ainda penso. Tenho alguns colegas que fazem isso muito bem, mas não sei se seria meu caso. Busco parceiros o tempo todo, de todos os tipos. 


PEC: Você está trabalhando em um novo projeto? Qual? Você pode nos contar um pouco sobre ele?
JF: Sim, estou finalizando o Cá entre Nós (nome provisório), e vai ser um livro voltado para as mulheres especificamente. Vamos falar de amor, claro, mas também vamos falar de muita coisa polêmica, vamos debater, chorar, rir e nos divertir pra caramba. 

PEC: Deixe o seu recado para os leitores do Projeto Escrita Criativa. 
JF: Aproveitem muito esse blog, que é feito com tanto carinho. São projetos como o Escrita Criativa que facilitam nossa estrada, que nos dão espaço, que compartilham nossa arte. Gratidão e muito sucesso a todos!

Quer conhecer mais do trabalho da Ju Farias? Acesse: 

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